Arquivo Morto: 1ª parte - Fim
Ao terminar aquele telefonema fatidico, fiquei como se tivesse sido abatido por um tiro.
De joelhos, senti as lagrimas rolavarem do meu rosto.
As multidão passava por mim e via o meu desespero.
Era bonito ver a cena de um fim, mas não havia tanta euforia em ser protagonista de tal cena.
Eu estava inerte, não conseguia me encontrar. Como deve ser perder aquilo que você mais ama?
O vazio se fez presente, e a ausencia perfurou meu peito que se esvaía em dor.
Naquele momento queria alguem para me abraçar e dizer tudo ia ficar bem...
... o vento apenas soprou e eu permaneci sozinho, em pedaços.
Completamente perdido.
"Será que existe alguém
Ou algum motivo importante
Que justifique a vida
Ou pelo menos, esse instante?"
Horas - Kid Abelha
4 pensando comigo.:
Naquele momento ele só queria alguém pra dizer tudo o que ele já sabia...
naquele momento ele sabia aonde tinha errado
Como arquivista, formado (cof!) lembraria que a expressão "arquivo morto" é utilizada errôneamente para designar os arquivos de guarda permanente, ou seja, de cunho histórico institucional ou para garantia de direitos....Logo, enrolo para dizer esses arquivos nunca são mortos...e fazendo alusão aos seus escritos...Arquivos são vivos, e por mais que o chamamos de "mortos" ainda ocupam gavetas!
é triste demais perder quem amamos...
abraços
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